10- The Bro Code
Teu amigo/flatmate te avacalha a vida
inteira por causa do vício em uma série, ai em um Natal despretensioso e
desfamiliado, com tendência a deprê, ele vai lá e te da a ultima coisa que tu
esperava dele no mundo, ahahahaha ô vida.
9- Conquista da moradia
Depois de quase 3 semanas
caminhando por toda cidade, de se apavorar e de ver os lugares mais bisonhos
possíveis, quando se está a um dia de terminar o prazo da acomodação, algo
surge. E que alívio foi finalmente entrar no apartamento do qual vos escrevo
neste momento com as minhas malas e dizer: “Lar doce lar”. Tudo bem, no
primeiro dia eu tive que fazer torrada segurando ela com as mãos na boca do
fogão porque não tinha nada, também pendurei as cuecas na haste da cortina
porque não sabia usar a máquina, mas agora está completinho e esperando
visitas.
8- ECM College
Quem me
conhece sabe que não sou aquele fã de sala de aula, mas no inicio foi realmente
muito importante, as amizades que fiz lá me sustentam até hoje, sem falar das
cabeçudas que chegaram comigo lá em junho e devem se identificar com algumas coisas desse
texto. Mas enfim, ECM me ajudou a manter a cabeça no lugar e nossas idas a
museus e parques durante o verão mantinham minha motivação alta.
7- A prisão
É importante
conhecer a história dos lugares. Pra mim, estar em um lugar só por estar não é
bacana. Kilmainham, prisão no passado, museu no presente, é uma pocket aula de
história da Irlanda. E o mais legal é que é tudo tão recente que ela pode ser
contada com detalhes minuciosos. Além disso, o lugar tem uma energia muito
forte, é possível estar nas celas dos caras que lutaram pela independência da
Republica da Irlanda, e hoje, nomeiam as principais ruas de Dublin, nas quais
andamos diariamente. São descritos também, o que era feito com os prisioneiros,
assim como, casos pessoais. O mais chocante foi um casamento que ocorreu no dia
da execução do noivo. Após o casamento,
foram concedidos 10 minutos em uma cela para o casal. Um oficial britânico
ficava do lado de fora da cela, avisando, minuto a minuto, quanto tempo lhes
restava. Conhecimento, cultura e comoção.
6- Casa da Anne Frank
Amsterdam é muito legal em tudo,
cidade ótima que deixa difícil escolher algo específico, mas a casa da Anne
Frank tem muita energia e só quem entra lá entende. Subir aquelas escadinhas
miúdas nos faz pensar em muitas coisas nas nossas vidas.
5- Esporte
O esporte continua
me proporcionando as maiores alegrias. Além da estreia em quadras
internacionais pelo Basquete, assistir Ibrahimovich ao vivo pelas eliminatórias
da copa foi especial, até porque ele não estará na dita cuja. O que o cara joga é uma piada e de bônus
ainda vimos um gol do Keane pela nossa querida Irlanda. Outro momento grandioso
foi a final da copa das confederações em um pub todo verde e amarelo que urrava
num misto de saudade e nostalgia o seu hino nacional. Nesse dia ganhamos Brahma
do dono. Por ultimo, a visita ao crocke park, o quarto maior estádio da Europa que
abriga os principais jogos da Associação Gaélica de Esportes. Lá aprendemos
tudo sobre os esportes nacionais (hurling e futebol gaélico) vistamos
vestiários, entendemos as regras e até arriscamos umas jogadinhas. Parabéns a
esses caras que jogam sempre pela cidade onde nasceram sem ganhar um centavo
por isso. Amor ao esporte ainda existe.
4- O dia 20 de Julho
Um reencontro romântico com a minha
amada Marina Barros, no aeroporto, com direito a surpresa, extravasando toda
saudade em um abraço apertado e um beijo inesquecível, deixou tudo mais lindo
aqui nessa terra de grama verde e céu cinzento. Se algo na minha vida chegou
perto de algum filme, foi isso.
3- A chegada em Dublin
A sensação de chegar é sensacional, além do alívio
de ter sobrevivido uma longa viagem, tu já é bombardeado com um mundo de coisas
novas nos primeiros minutos. Os olhos não param um segundo de absorver tudo que
há de novo. No caminho para a acomodação, o trânsito, as pessoas, os pubs e até
as casinhas de tijolo a vista com portas coloridas te dão vontade de sair
andando por tudo. Spire, Trinity College, St. Stephens Green, Grafton Street e
a região de Temple Bar são os passeios obrigatórios. O primeiro fim de semana
já nos enche de expectativas e nos atira na cultura, música, moda e língua. A chegada
é inesquecível.
2- A Torre Eiffel
Quem nunca imaginou estar ao lado da torre
mais famosa do mundo? Eu já. Mas meus pensamentos nunca chegariam aos pés da
realidade. Descendo na estação “Trocadéro”, que é estação para se pegar uma
vista de reta mais afastada, Marina e eu (totalmente sem referência) começamos
a andar e nos perguntar para que lado estaria a Torre. Quando de repente, e não
mais que de repente, a parede termina, o terreno se abre e os olhos de ambos,
após uma guinada de pescoço a esquerda, finalmente vão de encontro ao seu
objetivo maior em Paris. A surpresa foi tanta que palavrões foram esbravejados,
e o momento se tornou especial devido justamente, a distração seguida de um
choque absurdo. É muito bom quando a realidade supera a expectativa.
1- Sozinho no Salgado Filho
Lembro que arrumei as malas na madrugada da
minha vinda. Lembro que Marina dormia na minha cama sob efeitos rivotriviais
para amenizar a tristeza do dia que ainda nem dava as caras por entre as
nuvens. Lembro que dei um beijo em cada irmão. Lembro de um bilhete: “Toma
cuidado! Vou sentir saudades, desculpa por gritar demais. Te amo! Beijos da tua
irmãzinha. 19/06/13’’. Lembro do mimoso, a última voltinha que dei nele, lembro
da rodoviária, um “até logo” doído, um abraço, um eu te amo e as lágrimas dela
que nem todo rivotril do mundo poderiam segurar. Lembro que apaguei no ônibus,
eu e minha mãe encontramos o Bira, tic tac. Lembro do almoço, lembro da
farmácia, minha mãe me deixa perto de área de embarque e parte. Ai me sento
sozinho, coloco os fones, “Its a fluke”, só olho em frente, escuto o balburdio
do lugar, penso: “agora estou sozinho mesmo, agora vai acontecer’’. Não lembro
mais nada.
Espero que tenham curtido, em breve um texto mais ''a minha cara'', outro top 10, mas dessa vez de fails, fiquem no aguardo.
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