sexta-feira, 26 de julho de 2013

Irish Love

Antes de mais nada, esse post exclui totalmente o Eduardo Zarnott, e por isso amigo, eu lamento. Também já me desculpo previamente a todos que já ouviram e concordaram (ou não) com os meus discursos Barney Stinsianos. Esse post é para a autora principal do presente blog, e, mais importante ainda, minha namorada. Falo eu da grande (pequena) Marina Barros!

* Estamos morando juntos a uma semana aqui. A convivência ta ótima, acho que vai dar tudo certo e por enquanto estamos muito felizes.
*Ainda acho meio estranha essa coisa de morarmos juntos, coisa de adulto sabe?
*A Marina já queimou 2 adaptadores, derrubou uma caneca, queimou a chapinha, derrubou a prateleira da geladeira, comprou créditos da operadora errada e falou todas as expressões consideradas rudes pelos irlandeses. (tem mais coisas, mas não lembro)
*Ela também espalha tudo pela casa, sério, um dia ela conseguiu colocar uma coisa em cada lugar possível de se sentar.
*Desculpa amor, sempre falo todas as tuas qualidades, é só pra deixar o post mais engraçado, te amo mesmo assim. (vim fazer essa parte escondido :x)


Enfim, trago aqui em vídeo, o dia da chegada dela a Dublin, após um mês longe. O vídeo reproduz o momento em que acordei, super empolgado as 7h30min (ansiedade, a gente vê por aqui), a ida de ônibus até o aeroporto, a espera interminável e até que enfim a surpresa. Pasmem, eu consegui convence-la de que não poderia estar no aeroporto por ser longe e o transfer não permitir embarque de quem  não estava na lista de egali. Então acabei surpreendendo ela enquanto a Bruna dava as instruções e a mantinha de costas para o lugar no qual eu me escondia. O legal foi uma reação completamente espontânea. O não legal é que o abraço louco não me permitiu filmar nada, propiciando assim, alguns segundos de vista do teto, mas da pra escutar algumas coisas engraçadas!!!

ENFIM, o vídeo está postado. Olhem, façam piada, curtam ou sei lá o que...discursos a parte, aprendi com banda Maglore que as vezes um clichê não faz mal nenhum.



Ida ao aeroporto: 2,80 euros
Kit Kat com 21 chocolates: 3,50 euros

*Levei um kit kat e o tapa ouvidos da marina. O tapa ouvidos era uma coisa que ela gostava muito e deixou comigo para ter certeza de que a gente ia se ver de novo. Eu havia deixado e consequentemente recebi de volta o Sr. Frodo!


Irish love a todos !

P.S: Maharich e Jéssie, vão a merda. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

quarta-feira, 24 de julho de 2013

#vempradublin



 Eu não ia escrever, sério mesmo... Ia ficar só acompanhando... Mas o pessoal é exigente e enquanto a Marina e o Gabriel (S2) não dão um jeito nisso, la vou eu escrever um postzinho um pouco diferente! Talvez uma visão diferente, sei la...
Passados 4 dias que estou aqui, posso dizer q parece que estou a 1 mês... Muita informação, muitos lugares, me perdi umas 3 ou 1847 vezes e por aí vai... Cheguei na Egali House, recebi as informações sobre a casa e fiquei sozinho, não havia “ninguém” na casa!! Como estava cansado da viagem e minha internet não funcionou fui dormir... Sei lá quantas horas depois, acordei e fui tentar dar um jeito na internet reiniciando o roteador (tipo Canguçu) :P... Durou pouco tempo, só o tempo da minha bateria descarregar e eu não ter o adaptador (ou plugin) pra tomada! Assunto chato neh?? Mas vou chegar onde eu quero...
Domingo de manhã #fuiprarua, pra conseguir esse maldito plugin com o objetivo de falar somente em inglês, andando muito consegui achar uma loja onde poderia ter o que eu  queria, o cara que me atendeu não tinha o plugin, mesmo assim foi ateh a rua comigo (povo receptivo) e me explicou qual loja venderia e como eu poderia pedir! Chegando na loja pedi da forma como “aprendi” e por fim o cara me entendeu, então “i would like two...” fazendo um sinal de 2 com os dedos. O cara simplesmente saiu da minha frente e eu fiquei com cara de “WTF”, peguei o segundo, paguei e fui embora! Pensando sobre isso, me perdi pela primeira vez! :D

Explicando o que aconteceu, esses malditos 2 dedos são os mesmos usados para “disparar” com uma arma na 2ª Guerra Mundial e mostrar eles pode ser considerado ofensivo por algumas pessoas, o bom é que só fiquei sabendo disso depois... (espero que esteja correto). Então no mesmo dia a tarde foi para conhecer Dublin, o clima ta ótimo aqui e andamos muito, muito mesmo... Não vou contar metade do passeio (a Marina tava lá, ela que conte ou não)  mas no final passamos pelo Temple Bar onde tomei minha primeira (de poucas que vou tomar)  pint (acredito que a primeira pint, de todos que vem a Dublin, deveria ser de Guinness, assim como foi a minha)! ;) Depois disso foi conhecer a Dicey’s, (foto abaixo) uma festa que começa cedo e termina cedo (como a maioria do pubs aqui)  onde a pint custa valores diferentes em cada dia, no domingo é o mais barato (2€). Nem vou falar da parte que fui tentar entrar sem identidade e me deu um branco de como falar a minha idade em inglês, porem um pouco de “ingrêis mímico” e falar que eu ia “investir” meu dinheiro la dentro foram suficientes (nem sempre é assim).

E por fim (já escrevi demais), os outros 2 dias foram para andar, me perder, andar, descobrir porque me perdi (\o/) e começar  a escola de inglês,  o pessoal que trabalha da toda assistência para esses negócios de banco, PPS, carteira de estudante...  Explicando tudo em inglês, explicando tudo em inglês de novo e, por fim, explicando em português mesmo... só pra constar, aprendi quase tudo na primeira explicação e não falaram nada em português! :*


Mais algumas coisas
- To tentando fazer tudo sozinho! E o melhor é que estou conseguindo... Porem se precisar, sempre tem alguém pra ajudar;- A internet aqui é ruim demais, baixando tudo a 1MB/s, no mínimo;-Produtos Tesco são sempre mais baratos (procurando patrocinio pro blog);-”What?” e “I want...” tambem são considerados um pouco ofensivos, é melhor usar “Sorry?” e “I would like...”, respectivamente;-Peguei alguns pontos de referência interessantes, falta isso nos lugares mais distantes (cenas do próximo capítulo);-Qualquer erro de português aqui é culpa da Marina, já basta os meus erros de inglês; (VAMO SE RESPEITAR, TO SÓ POSTANDO PRA TI O PREGUIÇOSO *Marina).-Falta a pint de Stella...
-Vou voltar na loja do cara que me vendeu o plugin e mostar os mesmos dois dedos da outra vez, dessa vez, como na foto ao lado. Em sinal de ''peace''! :D
-Nunca vou fazer isso.
 Post por Eduardo Zarnott





domingo, 21 de julho de 2013

Notícias Irlandesas! (antes tarde do que nunca)

Casal pós reencontro
Finalmente completamos o trio, eu (Marina) e o Zarnott (meu companheiro de viagem) chegamos em Dublin por volta das 16h de ontem. É tudo muito surreal e eu ainda não assimilei direito o que acontece, mas acho que é normal, afinal de contas, estou morando em outro país (MEU DEUS).

Saímos de Porto Alegre as 8h20min de sexta-feira após o momento que eu mais temia desde que eu tinha decidido embarcar na aventura desse intercâmbio, o tchau pra minha mãe no aeroporto. É um ano longe sabe? Foi uma choradeira só, mas uma choradeira gostosa, daquelas de sentimento e um saudosismo adiantado, momento importante, bem menos dramático do que eu imaginava.

Zarnott companheiro de viagens na espera no aeroporto

Embarcamos no avião rumo a Guarulhos. Tudo correu super tranquilo, de quebra, ganhamos bolachinhas gostosas e geleizinhas nessa viagem, nem sabia que a Tam ainda dava gostosuras pra gente, achei atencioso e fique bem distraída na refeição.

Depois, foram sete horas de espera em Guarulhos. Sim, eu sei, um saco mas necessário. Nossos voos era todos conectados, então, as compras eram feitas todas juntas. Nossas bagagens foram despachadas em Porto Alegre e só foram disponibilizada de novo aqui em Dublin. Muito wi-fi e pizza Hut nessas malditas horas que não passavam nunca.

Trinity College no domingo 
A viagem internacional fazia o trecho Guarulhos, Amsterdã, viemos pela companhia aérea KLM. A partir daí tudo começou a ficar engraçado. Os comissários falavam zilhões de idiomas, tinha gente de tudo que era tipo e eu comecei finalmente a sentir que eu rumava pra outro país. Esse avião chacoalhou muito. Foram muitas zonas de turbulência, muitos avisos de “apertem os cintos” mas por incrível que pareça, fui muito maior que o meu medo de avião e nem me apavorei (muito). Elogios: a televisão com jogos, músicas e filmes foi fantástica. Críticas: até  o banco do embaixador reclina mais que os bancos do avião, são 12 horas, podia dar uma ajudinha né? Mas deu pra tirar uns cochilos.

O aeroporto de Amsterdã é gigantesco. Saímos do avião e caminhamos caminhamos caminhamos caminhamos caminhamos e nada. Não saímos de dentro da zona de embarque então não encaramos nenhum tipo de imigração. Achamos o portão, depois de uma maratona e sentamos pra esperar. Saíamos pra Dublin as 15h (no horário da Holanda, que tem cinco horas de diferença do Brasil e uma da Irlanda). Foram três horinhas de espera, onde abandonei meu companheiro no aeroporto e cochilei (tipo no banco de qualquer jeito mesmo).

Sabe, sempre que eu entro em um avião eu conto a quantidade de crianças que estão dentro e penso que Deus gentilmente não derrubaria um cheio de coisas gordinhas e fofinhas. Pois bem, viemos para Dublin acompanhados de uma excursão de escoteiros pra tranquilizar meu dia.

Temple Bar
Chegamos, e bem, encaramos a imigração. O Zarnott ganhou três meses de visto. O que significa que ele tem três meses pra iniciar as papeladas bancárias e pedir o visto de um ano. Eu ganhei um mês. SIM! CORRERIA! Todo mundo diz que dá tempo e que eu fique tranquila, amanhã vou tentar abrir minha conta no banco já e dar um pontapé, tinha que ter uma aventura né, tava tudo muito fácil.

Momento meloso: A chegada no aeroporto de Dublin foi linda e emocionante. Recebi uma supresa linda de um namorado lindo que disse que não ia me buscar no aeroporto, mas foi. De quebra ganhei uma caixa gigante de kit kat (Gabi, te amo, só pra deixar o post fofinho).

Brasileiros por aqui
Vim pro apartamento previamente escolhido pelo Gabriel. Um mimo, vou ser feliz aqui. E hoje tive todas as minhas primeiras aventuras. Passeei por parques, caminhei, conheci o famoso Temple Bar (pub mais famoso da cidade), e, queimei minha chapinha e meu notebook, mas isso é bobagem e faz parte das indiadas, nem vou me gastar.

A cidade é linda, ainda não sei chegar sozinha a lugar nenhum, não entendo uma guampa do que as pessoas falam mas dizem que é só porque eu to chegando e que rapidinho a gente se acostuma com o inglês daqui.

Foi um primeiro contato pra tranquilizar os amigos e avisar que tá tudo bem. Conforme eu for conhecendo e entendendo a vida por aqui mando notícias, com certeza ainda terei muitas trapalhadas, fotos e diversões pra dividir por aqui. :)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Maharich..? Mahakesh ..?? MALAHIDE !!

E quem disse que na Irlanda não existe sol e  calor? Esse post veio para provar o contrário!
De acordo com os jornais já é o ano com mais dias ensolarados desde os 1964! Pelo que se sabe, aqui se alojou uma massa de ar quente que normalmente fica na região central da Europa, fazendo com que os ventos desviem propiciando dias realmente de verão! Sendo assim, nada mais justo do que aproveitar o clima e rumar para praia, destino: Malahide!


A aventura começa com uma viajem super tranquila de Dart, que é o trem que passa por diversos pontos da Irlanda. A passagem de ida e volta custa 5.25 e não dura muito tempo e é bem confortável.
A cidadela se divide em duas atrações, o castelo e a praia, mas eu diria que Malahide em si ja é uma atração, bem menos urbana e um tanto quanto charmosa, da pra se viver bem mais ou menos.






Uma voltinha na cidade, e primeira parada: The Castle!
Mas, o glorioso castelo não é la essas coisas, o que impressiona mesmo são os parques e ambientes ao redor dele. Mas pra que ficar escrevendo sem parar? vamos ao que interessa!
Uma breve caminhadinha, e logo chegamos ao castelo, a foto ilustra apenas a lateral dele, mas é possível entrar se você estiver disposto a pagar 7 euros, eu definitivamente não estava, até porque, 7 euros me alimenta a semana inteira. Enfim, deve ser bacana la dentro, mas com certeza não superaria um piquinique no enorme parque que tem logo a frente do castelo.
Esse parque é, digamos, o ex-quintal, da família Talbot, os antigos donos do castelo. É um gramado muito extenso, e possui árvores ótimas para sentar e comer, ler um livro, escutar música ou simplesmente aproveitar o visual.





Ah, você pode dar a sorte de esbarrar com uma criaturinha comedora de nozes dessas:
(Sim, nós tivemos essa sorte)











Terminando o tour pelo castelo, era chegada a hora da praia, e la fomos nós, cheios de expectativas e aiiiiiiiiiiiii... tcharããmm... fala sério, o Brasil tem praias bem melhores, mas tudo bem valeu o passeio e deu pra matar um pouco da saudade do nosso bom e velho Laranjal tchê! Apesar de nada demais, alguns lugares mais afastados tem pontos bem bonitos, e é legal sentar e aproveitar a brisa, e quem sabe até arriscar umas braçadas.















Detalhe, eu já ouvi falar que a água daqui é congelante, pode ter sido o calor excessivo mas eu achei bem tranquila pelo leve contato que tive com ela, e outra coisa, pode ter nuvens, vento, mas SOL é SOL, e ele queima (dããã), então se vierem, tragam do Brasil protetor solar (aqui é caro), e não fiquem com ombros e bochechas de lagosta como um dos autores desse maravilhoso blog.






PAUSA PARA O LADO EDUCADOR FÍSICO !!


Academia Pública em meio ao parque, Exercício Físico e Meio Ambiente! Gabriel Solé Curtiu isto.



Nesse calor, algumas pessoas optam por praticar esportes ao ar livre, algum chute acerca de quais esportes estavam em alta nesse domingo de verão? Se o chute foi futebol, voleibol ou até mesmo o famoso frescobol, você se enganou. Vi esportes em 3 locais distintos. Na região do castelo estava ocorrendo um jogo super NÃO emocionante de Cricket, sim! Eu disse Cricket! No centrinho, a preferencia foi o tênis, la existe um clube com algumas quadras. E na praia como mostra o video abaixo, estava ocorrendo uma prova de natação, conseguimos um lugarzinho bem do ponto de partida, parecia bem organizado e divertido, confiram ai.





O que mais dizer? Apenas que o dia terminou com um delicioso Frappuccino de Cookies, e um sorvete de creme com frutas vermelhas, sentado na sombra, fim de tarde,  na espera do próximo trem. Malahide: APROVADO!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Harpa, violino e bandoneon...

Dublin e Buenos Aires são duas das três cidades do mundo que possuem uma ponte em forma de Harpa. No caso dos hermanos a puente de la mujer representa um casal dançando tango, enquanto a de Dublin representa, bem, uma harpa mesmo...


Samuel Beckett Brigde



É, mas pontes não são a unica semelhança entre Dublin e Buenos Aires...

Puente de La Mujer

Para os meus companheiros amantes do Tango, uma opção interessantes é tomar algumas aulas aqui mesmo Dublin, e não, as aulas não serão lecionadas por um Irish beberrão e duro. A professora é argentina, e chama-se Monina Paz.

Aula: 15 euros
Duração: 1:30h
Níveis: Iniciante, intermédio, avançado
*Direito a milonga ao final da classe

www.tangoireland.com


Meu contato com a professora se deu através de email. Posteriormente, nos reunimos e contei a ela a minha situação, minha proximidade com a dança e surgiu dai uma proposta.

Aulas gratuitas até seu partner se mudar para a Argentina, o que ocorrerá em setembro, e ai quem sabe uma chance de ser seu assistente, e tirar uns eurinhos valiosos de sobra.

Sobre as aulas em si, é como eu esperava, muita enfase na postura e na caminhada. E, por muita, eu quero dizer que um segundo fora da postura correta será recompensando com apertões, puxões e sabe-se la mais o que até a postura retornar ao ponto certo.
As aulas ocorrem em Hotéis e até em Igrejas, e bem, como a professora vive aqui a dez anos fazendo isso, deve ser lucrativo, o mercado Europeu e Irlandes esta aberto ao tango !!!
Ao lado, a foto ilustra o inicio da aula, onde os casais apenas dançando, trocando de pares e cada musica.
Abaixo seguem dois videos referentes ao meio da aula que ocorre das 20:00 as 21:30h e ao inicio da milonga que ocorre pós 21:30, alguns senhores aparecem só para a milonga, imagino serem latinos e por isso não necessitam mais das aulas, só a parte buena, muy bien señores!!




O lado bom de aulas de tango em hotéis ? Ora, nada como apreciar um bom tango ao lado de um bom vinho, cuidado, se beber não conduza ! (piada enfame não podia faltar né?)

Bom, é basicamente isso, ao longo da minha estadia postarei coisas mais pontuais, caso eu venha a lecionar aulas ou até quem sabe me apresentar em algum local ou evento.

ESPERA AI !! SÓ MAIS UM POQUINHO ...

Caso, você leitor não seja um assíduo apreciador do tango (como não ser?), mas tem interesse em Dublin e coisas engraçadas, uma bizarrisse irlandesa está acontecendo por essa terras. Deve ser o sol, ou o calor inesperado, enfim, o resultado está ai nas ruas de Temple Bar, e querendo ou não, tem tudo a ver com dança!! então dancem e assistam ao vídeo (sério assistam mesmo, é demais) que vocês serão um pouco (muito) mais felizes !!!!



*eu errei duas vezes a mesma coisa e perdi totalmente a postura. A professora, decepcionada, me tirou o par e a entregou a seu ajudante. Eu fiquei sem dançar com ninguém por um bom tempo. As coisas são difíceis, não podemos desistir no primeiro percalço, sei que tenho muito a aprender mas eu vou conseguir. Por isso, eu lidei com a crítica como um homem, ergui a cabeça, chamei ela,  fiz um passo maravilhoso e a encantei. (mentira, fiquei no meu canto e quase chorei como uma menininha).

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Dublin das Confederações

Paz, carnaval, futebol ... não mata não engorda e não faz mal...

e que tal cerveja e barbecue free?

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Essa era a ideia do The Parnell Heritage Bar&Grill, uma noite de final da copa das confederações para brazucas. E, algumas surpresas a parte, foi de fato uma ótima noite.
Considerando que a partida por motivos não óbvios começou as 19 horas no Brasil, aqui na Irlanda ela foi exibida ao vivo exatamente as 23 horas. Sendo assim, o público que chegasse antes das 22 recebia dois apetitosos prêmios:

1º: Das 21 as 22  um maravilhoso barbecue
2º: SE o Brasil vencesse, uma cerveja secreta gratuita.

O lugar é deveras interessante. Possui três andares, elevador, e o ultimo andar tem um teto eletrônico para que durante o dia fiquemos ao ar livre como demonstrado na foto ao lado.



Esquentou a noite...

Então, lá estava eu com a minha sempre bem vinda pint (é o recipiente que se bebe aqui, post futuro, não se preocupem) de cerveja, comendo um delicioso barbecue  tradicionalmente brasilei... não, americano mesmo, quando não mais que de repente a churrasqueira não ironicamente está em CHAMAS, e logo a chama se estende até a parede e uma escuridão de fumaça toma nossos olhos, narizes e bocas. Alguns correm, outros ficam imóveis, alguns tentam ajudar... Resumindo, garçons, extintores, comemoração, gritos de vitória e de volta ao foco principal: BRASIL !!!


De um povo heróico o brado retumbante !!!

Jogo a parte (muita raça, determinação, comprado? talvez... felipão é foda), uma coisa que me chamou muito a atenção, foi como emerge o patriotismo de quem mora fora do país, como entoam o hino com mais veemência do que o habitual ao se morar no Brasil. E eu ei de concordar, temos problemas? sim, os protestos tem sido ótimos? claro, mas quando saímos, mesmo à apenas 10 dias já percebo várias coisas boas de meu país  que eu vou sentir falta. E foi ai que me peguei em meio ao povo sentindo meu patriotismo aflorar, e quem me conhece sabe que não sou nem de perto um torcedor de carteirinha do Brasil. Fora isso, o jogo ajudou a complementar a grande festa. Abaixo seguem dois videos, um do hino nacional e outro ao término da partida. Eu particularmente achei bem inesperado e bacana, espero que vocês achem o mesmo.




Opa, faltou algo né?

Ah, lembram da cerveja surpresa que eu tinha mencionado no inicio caso o Brasil ganhasse? Bom, uma imagem fala mais que mil gols...







terça-feira, 2 de julho de 2013

Enquanto isso no Brasil

Um intercâmbio traz uma verdadeira descarga de sentimentos.  Um pacote de medo ansiedade, empolgação, alegria, insegurança, tudo em um pacote atordoante de descargas elétricas que não se acomodam no cérebro. No meio disso tudo, a gente tem que grudar os pés no chão e pensar em todos os aspectos práticos do processo: dinheiro, papelada, mala e os malditos adeuses que todo mundo insiste em querer dar.
Aqui no Brasil as coisas tão uma loucura. Enquanto o Gabriel procura apartamento e emprego, e vive as primeiras experiências como um estudante na Irlanda, eu e o Zarnott aguardamos ansiosamente o dia 19 de julho.
Nas primeiras semanas eu chorei. Eu até hoje não sei direito da onde saiu tanta lágrima e como eu não acabei desidratada. Não existia um motivo específico, eram lágrimas de sentimento que eu optei por não engolir. Em exatos dois meses eu decidi que eu não ia me formar no fim do ano, que o jornalismo ia ser terminado na volta e que eu ia partir pra uma aventura em um país onde eu nunca estive, falando um idioma que eu mais ou menos me viro. Tudo isso mexe com o emocional. Ô.
Depois minha atenção foi voltada pra ida do Gabriel. Correria, despedidas, e, mais chororô.
Agora eu parei de chorar. Parei de trabalhar e estou de férias, sobrou tempo pra pensar na vida. Sobrou tempo pra aproveitar os últimos dias com os amigos, com a família e embarcar na minha primeira grande aventura. Todos os dias acordo e me deparo com a mala que já ta há alguns dias parada no chão do meu quarto aguardando minhas tralhas. Todos os dias eu penso como eu vou enfiar um ano dentro do que eu carinhosamente apelidei de “mochila de rodinha”. Todos os dias eu imagino a minha triste despedida da minha mãe no aeroporto, a minha ansiedade embarcando no avião, as minhas risadas durante o vôo acompanhada no Zarnott e a minha felicidade ao encontrar o Gabriel no aeroporto, e sabe, eu tenho certeza de que todos esses pensamentos vão acontecer de maneira diferente do que eu imagino, mas provavelmente mais felizes.
Eu tô com medo, lógico. Mas tô cheia de coragem pra enfrentar tudo o que vem pela frente.  Cheia de coragem de descobrir como eu viro em cada situação, como é estar longe de casa, como é viver outra cultura e como é me virar em outro idioma.
Boa sorte pra nós, que esses 16 dias passem bem rapidinho!
Post: Marina Barros